domingo, 21 de março de 2010

Volta do Marco

No começo de junho eu recebi um e-mail. Eu acredito que para mais uns tantos brasileiros, esse e-mail determinou o começo de uma trajetória que mudou as nossas vidas. Dia 13 de agosto de 2009 eu pisei pela primeira vez em uma cidadezinha chamada Lulea, no norte da Suécia. Acredito que foi então que esse blog criou vida, atuando como uma janela para que todos aqueles interessados pudessem acompanhar a experiência que não somente o Iury, como também todos os demais brasileiros estavam vivendo a partir de então. Bom, mas os seis meses passaram (rápido demais), e agora estamos todos de volta.

Por tantas vezes o “maracatu” foi alvo de citações entre nós, brincadeiras, diário pessoal do Iury, enfim, todo mundo sabia desse blog. E então, agora que a experiência sueca chegou ao “fim”, o que será feito do blog? Eu pessoalmente não queria que acabasse. E então, eu resolvi fazer a minha parte, e com o tema sugerido pelo Iury, aproveitando os recentes acontecimentos, eu estou aqui escrevendo o primeiro post pós-Lulea.

Quando eu saí de casa eu não imaginava que seis meses fosse tempo o suficiente para estabelecer amizades tão verdadeiras e tão sólidas. Eu estava terrivelmente errada. Em Lulea eu fiz uma nova família, eu ganhei vários engenheiros irmãos, com os quais eu passei por situações que eu nunca vou esquecer. Só quem passou sabe o quanto foi difícil a chegada dos últimos dias, e com eles as despedidas.

Bom, mas com cada despedida ficou a promessa do reencontro, e é sobre isso que eu pretendo escrever hoje.

Ao longo do meu tempo em Lulea, eu tive a grande sorte de (além dos meus queridos em outras cidades, é claro) conhecer dois engenheiros civis que moravam na minha cidade, e se duvidar eram tão malucos quanto eu. Os dois partiram antes de mim, um voltando ao Brasil muito antes do que deveria, e o outro voltando muito depois.

Mas hoje isso ficou para trás, e eu já ganhei de volta meus dois construtores de pontes grandes amigos. Marco de volta de Madrid, e o Reti de Pebas (tenso).

O retorno do Marco foi considerado feriado na casa dele. Cheguei por lá pouco antes das 16h (sim, eu me perdi), esperando um grande grupo, e encontrei o Reti, sozinho na sala, comendo jujubas. Eu me juntei a ele (comendo as jujubas verdes), e vi a decoração da sala. Cartazes, balões e enfeites por todo canto. E então chegou nosso esperado espanhol viajante, junto com a torcida família, todos com suas camisas montadas no "älskar dig”. Muito luxo.

E eu pude rever aquela família maravilhosa que nos adotou no Natal e Ano Novo, e conhecer os demais membros, tão simpáticos e apaixonantes quanto os que eu já conhecia. E então foi uma tarde/noite relembrando as nossas histórias, as nossas amizades, a nossa vida. Depois de mais de um mês, eu voltei a ter uma tarde em Lulea. Tudo isso regado a praticamente todas as iguarias da culinária regional.

E no meio de tantas histórias é claro que não podia faltar o nome do “maracatu”. E então foi uma missão para conseguir descobrir o número do incomunicável catatau Iury. Mas, como eu sou uma excelente detetive, conseguimos estabelecer contato com nosso querido urso colega, que estava muito ocupado bebendo estudando. Claro que ele falou com cada um de nós, e teve mais que reforçado o convite de passar as férias de julho conosco.

E foi assim que eu tive de volta os meus dois fiéis companheiros. Espero que isso marque o começo da temporada Erasmus Brasil, e espero também voltar a escrever aqui em breve, falando sobre outros tão esperados reencontros.Muitas saudades sempre,


Karol

Meus irmãos: Karol, Marcola e Reti

P.S- Karol sempre escrevendo MUITO bem! Meu post ainda virá por ai! Mas esperando TODOS aqui em Olinda para conhecer painho, mainha e as igrejas, de fato, de OLINDA! Saudades IMENSAS! Iury

2 comentários:

  1. Só para protestar, que você senhoria nunca mais escreveu. Podia fazer um post da visita da Karol.

    ^^

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